Vagarezas e Súbitos Chegares é a tentativa de contar um pouco sobre o universo feminino, sugerido nas obras da escritora mineira Adélia Prado e da artista plástica gaúcha Elida Tessler. Em Adélia, as mulheres são sábias, mulheres para quem não são escassos os momentos de doçura, para quem a latência no corpo – a vida ardendo tranqüila – não lembra só os caminhos recusados e amargamente perdidos, e sim todos os próximos. No trabalho de Élida, os objetos do cotidiano são a principal matéria prima: coadores de café, lençóis, toalhas, bacias. Objetos diários expostos nus, e a força quase cruel da violação do branco. Os dois trabalhos remetem à fé e ao prazer. Mulheres que tecem panos e vidas, férteis.
* Livremente inspirado nas obras de Adélia Prado e de Élida Tessler
Ficha Técnica Concepção, Direção e Composição Coreográfica: Andréa Bardawil Intérpretes-criadoras: Clarice Braga, Isabel Botelho, Liliana Costa e Rosana Mara Música: Bobby Mcferrin, João Gilberto e Yo Yo Ma Poesias e voz: Adélia Prado Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Operação de Luz: Carlos Benevides Concepção Visual/Cenário: Elida Tessler Figurino: Vanessa Damasceno Projeto Gráfico: Eduardo Dias Fotos: Tibico Brasil Vídeo: Alexandre Veras
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